Cirrose

A cirrose hepática, caracterizada pela substituição difusa da estrutura hepática normal por nódulos de estrutura anormais circundados por fibrose, é o estádio final comum de uma série de processos patológicos hepáticos de diversas causas, como o etilismo, as hepatites crônicas virais e autoimunes, além daquelas de ordem metabólica, vascular ou biliar. É uma das doenças crônicas mais importantes em nosso meio, tendo sido responsável por 39.889 internações hospitalares em 1997, com um gasto total de R$ 11.562.892,57(3).

Nesse mesmo ano, a mortalidade foi de 12,6 por 100 mil habitantes no Brasil – 16,51 por 100 mil no estado de São Paulo. Em 1996, as maiores taxas foram verificadas na faixa etária de 50 a 74 anos, e na região metropolitana de São Paulo houve pico de 48,3 óbitos por 100 mil habitantes na faixa de 65 a 69 anos.

Acontece quando o fígado, em vez de produzir células saudáveis, bile e outros agentes, passa a produzir tecido fibroso e nódulos que bloqueiam a circulação sanguínea. Esta reação nada mais é do quer o fígado produzindo incessantemente tecido de cicatrização.

Com o tempo o fígado deixa de cumprir suas funções primárias como regular o açúcar do sangue, metabolizar gorduras, produzir proteínas necessárias para o nosso corpo, controlar o nível de colesterol e absorver medicamentos e o próprio álcool.

A principal causa da cirrose é o alcoolismo ou o consumo exagerado de álcool, mas também existem outros fatores, que podem levar ao aparecimento da doença. Sendo eles: a presença de hepatite B ou C, o uso prolongado ou não de alguns medicamentos e a hepatite autoimune.

O uso exagerado de álcool é determinado pelo consumo diário maior que 50 gramas, em média para homens e mulheres. A cirrose alcoólica reduz doze anos de vida útil do paciente, mais do que doenças cardíacas (dois anos) e câncer (quatro anos).

A evolução do paciente cirrótico é insidiosa, geralmente assintomática ou marcada por sintomas inespecíficos até fases avançadas da doença, dificultando o diagnóstico precoce. A maioria das mortes por cirrose é consequente a insuficiência hepatocelular, complicações decorrentes da hipertensão portal ou desenvolvimento de carcinoma hepatocelular (CHC).

Se você é diabético, usa medicamentos fortes com frequência ou sabe que consome álcool acima da média, deve fazer exames de rotina sempre que possível, pois a cirrose pode evoluir por muitos anos sem causar desconforto algum.



Sintomas

Náusea, vômito, dor abdominal, perda de peso, anorexia, fraqueza, osteoporose, prisão de ventre, inchaço abdominal ou no próprio fígado, icterícia, urina muito escura, inchaço nos membros inferiores, perda grande de cabelo e uma doença chamada ascite, que significa presença de líquido na cavidade abdominal.

Tratamento

Caso o paciente seja diagnosticado com cirrose, infelizmente não há tratamento eficaz para ela. O que pode ser feito pelo medico é a contenção da evolução do quadro, eliminado as causas de agressão ao fígado ou doenças hepáticas que estejam levando ao quadro de cirrose.

Dessa forma o médico pode retardar drasticamente o aparecimento de sintomas desconfortáveis, como o inchaço abdominal, a fadiga e a confusão mental, e também o aparecimento de sintomas fatais, como a hemorragia digestiva e o câncer no fígado.

O único tratamento disponível e que cura definitivamente a cirrose, é o transplante de fígado. Nesse caso, o paciente tem seu fígado cirrótico substituído por um fígado inteiro (no caso de doador falecido) ou parte dele, no caso de doares vivos.

Prevenção

É importante diminuir o consumo do álcool, usar preservativos e não compartilhar seringas injetáveis para evitar a contaminação com a hepatite B e a hepatite C, cuidar de perto de doenças no fígado que já existam e vacinar-se contra a hepatite B para evitar o contágio desta doença.






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