É caracterizada pela recusa à alimentação
associada a uma alteração na percepção subjetiva da forma e do peso corporais
pelo indivíduo. Isso leva a uma conduta radical dos hábitos alimentares,
iniciando pela restrição de alguns alimentos na dieta. Com o passar do tempo, a
perda de peso e a busca pela magreza tornam-se uma obsessão, a restrição
alimentar acentua-se, a ingestão alimentar diminui e aumentam os períodos de
jejum.
Bulimia
A bulimia é um distúrbio alimentar no qual uma
pessoa oscila entre a ingestão exagerada de alimentos, com um sentimento de
perda de controle sobre a alimentação, e episódios de vômitos ou abusos de
laxantes para impedir o ganho de peso. Pessoas com bulimia estão sempre
preocupadas com a aparência, principalmente com o peso.
Causas
As causas destes distúrbios estão relacionadas à
soma de fatores como pré-disposição genética, alterações nas concentrações de
serotonina e noradrenalina.
A pressão cultural por manter-se magro, seja
apenas para atender à um padrão estético, ou pela exigência de certas
profissões (moda, esportes), aliada à presença de uma baixa autoestima, tornam
o indivíduo mais propenso à desenvolver um quadro de Anorexia ou Bulimia.
Acometendo principalmente mulheres,
os índices de homens com este distúrbio vêm aumentando nos últimos tempos.
Tratamento
O
tratamento dos transtornos alimentares está baseado em abordagem
multidisciplinar integrada, com participação de psiquiatras, psicólogos,
clínico geral, nutricionistas, acompanhantes terapêuticos, arte terapeutas,
enfermeiros e educadores físicos. Cada membro da equipe desempenha um papel
pré-determinado nos vários momentos, e nas mais variadas áreas de deficiência e
da necessidade do paciente.
Este
tratamento multidisciplinar é devido ao quadro de natureza bastante complexa,
requerendo tratamento igualmente complexo, devido as alterações
endocrinológicas, nutricionais, comportamentais e psicodinâmicas, ou seja,
perturbações tanto do funcionamento psíquico quanto somático
Complicações
clínicas da anorexia:
Alterações metabólicas: hipercolesterolemia (de causa desconhecida) e a hipoglicemia (devido a jejuns prolongados ou em resposta a episódios de compulsão alimentar, ECA – episódios de compulsão alimentar, seguido de vômitos, sendo frequentemente assintomática).
Alterações endócrinas: amenorreia (que pode preceder ou ser concomitante a perda de peso, a amenorreia também pode ser acompanhada de regressão dos ovários para estágios pré-puberais com múltiplos pequenos folículos, regressão do tamanho mamário e, às vezes, perda parcial dos pelos pubianos), útero (se encontra diminuído, e observam-se mudanças atróficas na parede vaginal levando a dispareunia e a diminuição da libido) e infertilidade. No homem, causa baixos níveis de testosterona, FSH e LH, associados a uma redução do volume testicular. Redução da libido mesmo depois da recuperação do peso corporal.
Alterações ósseas e do crescimento: osteopenia ou osteoporose irreversível.
Alterações hidroeletrolíticas: hipocalemia (causada pelo vômito, desnutrição e abuso de medicamentos diuréticos e laxantes), acidose metabólica e alcalose metabólica.
Alterações hematológicas: anemia, também pode ocorrer leucopenia, com linfocitose relativa e trombocitopenia.
Alterações dos fâneros e alterações visuais: úlceras ou escarificações dorsais da superfície das mãos e calos nos dedos. Catarata, atrofia do nervo óptico e degeneração da retina também acompanham a inanição.
Alterações cardiovasculares: hipotensão arterial, bradicardia e taquicardia. A desnutrição também pode levar à atrofia do músculo cardíaco e a uma diminuição da massa ventricular esquerda com consequente desenvolvimento de prolapso mitral. Os pacientes correm risco de morte súbita e também podem sofrer da Síndrome da Realimentação durante o tratamento, esta síndrome se caracteriza por um colapso cardiovascular após a introdução da alimentação em um paciente desnutrido.
Alterações pulmonares: edema pulmonar (secundário à falência cardíaca congestiva, na Síndrome de Realimentação), pneumomediastino (secundário à bronco aspiração em decorrência de vômitos excessivos), taquipnéia (pelo uso de laxantes e dos quadros clínicos anteriormente citados) e bradipnéia (devido à alcalose metabólica pela prática de vômitos).
Alterações renais: concentração urinária reduzida, nefropatia hipocalêmica (devido a hipocalemia), cálculos renais (devido a desidratação crônica e níveis elevados de oxalato de cálcio) e hematúria (devido ao excesso de exercícios físicos).
Alterações gastrointestinais: constipação (devido ao uso de laxantes, seu uso em longo prazo pode levar a danos irreversíveis), eritema de palato, faringe e gengiva, alterações dentárias (como erosão do esmalte dentário, em consequência de práticas purgativas). Também se pode observar dilatação gástrica (como complicação na fase de realimentação abrupta ou nos casos de ingestão de grandes quantidades de alimentos), retardo no esvaziamento gástrico, perda do reflexo da náusea e do relaxamento do esfíncter esofagiano inferior, esofagite e sangramento da mucosa intestinal que pode levar a uma laceração grave.
Alterações metabólicas: hipercolesterolemia (de causa desconhecida) e a hipoglicemia (devido a jejuns prolongados ou em resposta a episódios de compulsão alimentar, ECA – episódios de compulsão alimentar, seguido de vômitos, sendo frequentemente assintomática).
Alterações endócrinas: amenorreia (que pode preceder ou ser concomitante a perda de peso, a amenorreia também pode ser acompanhada de regressão dos ovários para estágios pré-puberais com múltiplos pequenos folículos, regressão do tamanho mamário e, às vezes, perda parcial dos pelos pubianos), útero (se encontra diminuído, e observam-se mudanças atróficas na parede vaginal levando a dispareunia e a diminuição da libido) e infertilidade. No homem, causa baixos níveis de testosterona, FSH e LH, associados a uma redução do volume testicular. Redução da libido mesmo depois da recuperação do peso corporal.
Alterações ósseas e do crescimento: osteopenia ou osteoporose irreversível.
Alterações hidroeletrolíticas: hipocalemia (causada pelo vômito, desnutrição e abuso de medicamentos diuréticos e laxantes), acidose metabólica e alcalose metabólica.
Alterações hematológicas: anemia, também pode ocorrer leucopenia, com linfocitose relativa e trombocitopenia.
Alterações dos fâneros e alterações visuais: úlceras ou escarificações dorsais da superfície das mãos e calos nos dedos. Catarata, atrofia do nervo óptico e degeneração da retina também acompanham a inanição.
Alterações cardiovasculares: hipotensão arterial, bradicardia e taquicardia. A desnutrição também pode levar à atrofia do músculo cardíaco e a uma diminuição da massa ventricular esquerda com consequente desenvolvimento de prolapso mitral. Os pacientes correm risco de morte súbita e também podem sofrer da Síndrome da Realimentação durante o tratamento, esta síndrome se caracteriza por um colapso cardiovascular após a introdução da alimentação em um paciente desnutrido.
Alterações pulmonares: edema pulmonar (secundário à falência cardíaca congestiva, na Síndrome de Realimentação), pneumomediastino (secundário à bronco aspiração em decorrência de vômitos excessivos), taquipnéia (pelo uso de laxantes e dos quadros clínicos anteriormente citados) e bradipnéia (devido à alcalose metabólica pela prática de vômitos).
Alterações renais: concentração urinária reduzida, nefropatia hipocalêmica (devido a hipocalemia), cálculos renais (devido a desidratação crônica e níveis elevados de oxalato de cálcio) e hematúria (devido ao excesso de exercícios físicos).
Alterações gastrointestinais: constipação (devido ao uso de laxantes, seu uso em longo prazo pode levar a danos irreversíveis), eritema de palato, faringe e gengiva, alterações dentárias (como erosão do esmalte dentário, em consequência de práticas purgativas). Também se pode observar dilatação gástrica (como complicação na fase de realimentação abrupta ou nos casos de ingestão de grandes quantidades de alimentos), retardo no esvaziamento gástrico, perda do reflexo da náusea e do relaxamento do esfíncter esofagiano inferior, esofagite e sangramento da mucosa intestinal que pode levar a uma laceração grave.
Referências:
GUIMARÃES, D. B. S.;
SALZANO, F. T.; ABREU, C. N. Indicações para internação hospitalar completa ou
parcial. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo. 2002.
APPOLARIO J. C; CLAUDINO A.
M Transtornos alimentares. Revista Brasileira de Psiquiatria vol. 22, São Paulo
2000
CORDÁS TA. Transtornos
alimentares: classificação e diagnóstico. Revista de Psiquiatria Clínica
2004;31(4):154-157